terça-feira, 8 de novembro de 2011

José Ernani da Silva Assis

De origem nordestina familia humilde, caiu de pára-quedas na aviação o meteorologista Ernani Assis. Graduado em administração de empresas pela Universidade Federal do Espírito Santo, também pós-graduado em administração Hospitalar, mas por 30 anos serviu à Força Aérea Brasileira como especialista em meteorologia. Como professor de meteorologia, Ernani iniciou sua carreira no Aeroclube do Estado do Espírito Santo em 1975, estava iniciando a carreira de militar da FAB. Hoje, já aposentado da Aeronáutica há mais onze anos, se tornou um profissional de sucesso e de grande relevância na formação de pilotos do Estado de Minas Gerais. Cidadão piauiense de Parnaíba, ingressou na aeronáutica em 1972 como especialista em meteorologia. Passou oito anos em Recife na década de 1990, e há mais de treze anos está na coordenação dos cursos teóricos do Aeroclube do Estado de Minas Gerais, onde também leciona a disciplina de meteorologia. Já são mais de 2000 aviadores formados na sua gestão, que conta com uma equipe de especialistas ( um para cada matéria técnica ) que faz a diferença nos cursos teóricos na formação de pilotos da entidade.

Isis: Qual o posicionamento do Aeroclube perante a aviação?
Ernani: O Aeroclube do Estado de Minas Gerais é uma entidade sem fins lucrativos com mais de 75 anos de tradição, que oferece todos os cursos da aviação homologados pela ANAC - Agência Nacional da Aviação Civil.


Isis: Qual tempo de duração do curso para chegar a ser um piloto profissional (Piloto Comercial)?
Ernani: O candidato pode se tornar aviador em a partir de 6 meses, obtendo o brevê ( carteira de piloto privado ) com um custo inicial de R$ 15.000,00, incluindo todo o curso teórico, os exames e o curso prático com 40 horas de voo. O brevê é uma permissão para voar, mas ainda não profissionalmente. Para se profissionalizar, após conseguir o prrimeiro brevê, o aluno deve voltar para a escola para fazer outro curso teórico ( piloto comercial ) e também a parte prática da formação profissional, que tem dois caminhos:
1 - Continuar na escola bancando mais cerca de 110 horas de vôo, cerca de R$ 30.000,00.

2 - Voar cerca de mais 150 horas com alguém ou pra alguém (recebendo remuneração ou não).

Isis: Na aviação qual a diferença entre o curso técnico e a faculdade?
Ernani: Os aviadores formados em escolas civis tem nivelamento de técnico, e se quiserem agregar uma graduação ( caso já não a tenha ) podem procurar uma faculdade que oferece cursos de 2 anos até 4 anos. Vale lembrar que hoje o diferencial para contratações é o idioma inglês, que é a língua oficial da aviação civil.


Isis: Como está o mercado em relação a oferta e procura de profissionais na área de aviação?

Ernani: Nunca esteve tão bom, e nos próximos dez anos vai ficar ainda mais aquecido. Fabrica-se aeronaves todos os dias, mas leva-se mais de vinte anos para formar as tripulações. E cada aeronave de linha aérea necessita de cerca de 6 equipes.

Isis: Existem planos de expandir a formação de pilotos abrindo escolas em todo território nacional?
Ernani: Sim. Em Belo Horizonte, foram criadas muitas escolas nos últimos dois anos, o que foi incentivado pelo ex-governador Aécio Neves através da criação do Pólo Aeronáutico em Minas, encerrando o monopólio do eixo Rio/São Paulo.

Isis: Entre seus alunos cite 2 casos de sucesso.

Ernani: São muitos, e eu seria ingrato em citar somente dois.

Isis: Conte um fato engraçado ou que marcou na sua profissão?

Ernani: Bom, eu não tinha nenhuma ideia do que era o aeroporto Carlos Prates em 1975, quando fui indicado por um colega controlador de voo da Força Aérea para lecionar ( ainda no Aeroclube do Estado do Espírito Santo ). Eu tremi quando ele falou que eu já teria de dar aula de meteorologia ( imagine um recém formado “Arataca do Nordeste" encarar uma turma de gente de todos os perfis ). Como a disciplina era nova e desacreditada, eu teria ainda outros desafios: fazer o pessoal gostar e se conscientizar do porquê dessa disciplina ser necessária no curso de aviação. Criei um lema que até hoje repito muito nas aulas: "o aviador tem que reconhecer os fenômenos meteorológicos e saber seus efeitos”, pois é um fator importante que pode evitar muitos acidentes. O amigo que me colocou nessa carreira: (de professor de meteorologia) morreu numa tragédia aérea no aeroporto Carlos Prates um ano depois que me indicou para o Aeroclube do Estado no Espírito Santo. No maravilhoso pôr do sol aqui do aeroclube, sempre faço orações em oferecimento e agradecimento à sua alma.

Isis: Os aeroportos, os controladores de vôo, enfim todo staff brasileiro da aviação está preparado para receber estes 2 grandes eventos que estão próximos, sendo eles: A Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016?
Ernani: Existe um movimento da mídia com muita cobrança, o que é bom, mas vamos dar conta do recado... Um evento vai servir de estágio para o outro. Se a África do Sul deu conta do recado por que não nós? E com o Brasil todo certinho nas finanças, vamos arrasar.


Jogo Aberto

Uma qualidade? Otimismo.
Um defeito? Ser brega e por isso me confundo com minhas palhaçadas (risos).
Uma inspiração? Saber que nos próximos dois anos, cada vez que eu voar em um avião de linha aérea, estará no comando um ex-aluno.
Ser chique? Ser alto astral.
Família? Tudo.
Amigos? Muitos... Mas a gente tem muitos colegas, né?
Um músico? Chico, Nei, Raul, Roberto Carlos e muitos outros.
Um desejo? Ficar no Aeroclube até ficar "gagá".
Uma paixão? A aviação, apesar de não ser aviador.
Uma viagem que marcou? Londres, recente presente dos meus filhos no dia das crianças.
Lugar especial? Minha casa.
Um conselho? Se quiser entrar na aviação, lembre-se: será um altruismo e um sacerdócio.
Uma alegria? 200 emails em média, que recebo por dia.
Uma novidade? A modernidade e a velocidade da informática
Ídolo Cultural? Ozires Silva
Uma Mensagem? Você pode TUDO! Basta querer ser, e quando pensar em ser, coloque meta e siga seu “foco”. Você alcançará. Exemplo: ex-presidente Lula, que sendo pobre e analfabeto, sonhou em ser o número um do Brasil e chegou lá, mas levou VINTE ANOS persistindo.

Ricardo Carvalho

Empresário de sucesso, chegou aos Estados Unidos para estudar e acabou abrindo a própria empresa. Brasileiro de 45 anos, decidiu há 25 anos atrás partir para a América do Norte a fim de aprender inglês e em busca de aventuras. Muito mais que alcançar esses objetivos, hoje Ricardo administra a SCA - SOUTHERN CROSS AVIATION, empresa que atende o mercado da América do Sul e Caribe na área de peças e venda de aeronaves. Formado em administração de empresas, Ricardo aterrissou em Connecticut, mas não aguentou o frio e mudou-se para Fort Lauderdale, Florida.
Hoje, a matriz da SCA se localiza no Executive Airport Fort lauderdale, Forida, além de escritório no Chile e representantes na Venezuela, Argentina, Uruguai e Brasil. É representante autorizada de 43 fabricantes de peças aeronáuticas dentre eles, Hawker beechcraft, Goodreach, Parker Aerospace, Textron Lycoming e Gill Bateries. Para 2012, o objetivo é expandir as vendas no território americano e atingir o mercado asiático.

Isis: Onde tudo começou?
Ricardo: No aeroporto onde fui trabalhar logo quando cheguei. Patrick Hosmann, hoje atual sócio, era vendedor de aeronaves na empresa que eu trabalhava. Patrick saiu da companhia e me chamou para ser o motorista da SCA. Dois meses de experiência norte americana foram suficientes para montar uma nova empresa com ajuda do seu irmão Paulo Carvalho (e braço direito) e Fred Guido, enquanto desenvolvia o mercado de peças no Brasil. Nesse período, a SCA ajudava as empresas regionais e oficinas de manutenção no Brasil tirar aeronaves do chão, entregando peças de emergência para consertá-las, pois um dia de uma aeronave parada custa muito caro, ou melhor, perde-se muito dinheiro.

Isis: Qual o segredo do sucesso?
Ricardo: Honestidade e seriedade e sempre colocando o relacionamento com o cliente como sendo a longo prazo e o cativando com a qualidade de nosso serviço e principalmente pelo preço diferenciado.

Isis: Quais são os seus projetos para o futuro?
Ricardo: Expansão das vendas no território americano para meados de 2012.

Isis: Qual uma meta que deseja alcançar?
Ricardo: Atender o mercado da Ásia em 2012.

Isis: Qual o conselho que você daria para jovens empreendedores?
Ricardo: Acreditar no seu sonho e ser determinado para que ele se realize.

Isis: Tem algum sonho que ainda deseja realizar?
Ricardo: Realizar de novo o vôo que fiz em 2009 só que desta vez com meu dois filhos em 2014 para a Copa do Brasil , saindo da Florida e voar por 30 dias com um avião monomotor ate São Paulo passando pelo Caribe e voando a 700 metros de altura no litoral brasileiro e mostrar para eles as maravilhas que nosso litoral brasileiro tem.

Jogo Aberto
Uma qualidade? Honestidade
Um defeito? Workaholic
Ser chique? Ser autêntico
Uma alegria? Meus filhos
Amigos? Importantes
Um filme? Vários, adoro cinema
Um exemplo? Comandante Rolin
Uma inspiração? Charles Lindbergh
Uma paixão? Aviação
Uma viagem inesquecível dentre tantas? Viagem que durou 34 dias em um monomotor de Miami a São Paulo
Uma Pessoa que marcou? Novamente, comandante Rolin e muitos outros marcos da aviação brasileira
Um hobby? Viajar e degustar diferentes culinárias
Lugar favorito? Região de champanghe e Munich